Rabeca na Escola
Eu e minha amiga Maria Soledad
Limpando Cabaça
No ano anterior em 2018, por ocasião do Encontro de Luthiers em Salta, eu conhecí a professora Maria Soledad, e o seu coral infantil, que cantava músicas em língua Guarany. Agora em 2019 eu retornava pra uma visita.
Com a professora, Maria soledad, eu conhecí também Andréa, uma mulher Ava Guarany, que pertence a uma comunidade mais ao norte de Salta, já caminho da Bolívia.
Andréa me disse que seu pai foi o último tocador de Rabeca de sua comunidade, e ela dizia que o som da minha Rabeca fazia ela recordar de sua juventude. Depois do falecimento de seu pai, ninguém mais na comunidade Ava Guarany de Salta fez ou tocou uma Rabeca.
Apresentação na Casa de Cultura de Salta
A professora Maria Soledad, queria proporcionar aos seus alunos a experiência de ter um contato direto com a Rabeca, e então planejamos uma oficina.
Eu iria construir duas Rabecas de Cabaça, no quintal da escola, e os alunos iriam assistir partes do trabalho e também iriam interagir de várias maneiras.
Combinamos do jeito que eu mais gosto, me instalei no camping Carlos Xamena meu camping favorito, a professora arranjou uma bicicleta emprestada e estava tudo pronto pra oficina.
Eu fazia o café da manhã no camping, ia e voltava de bicicleta e almoçava na escola.
Foi uma experiência ótima. Muito bom ver a curiosidade das crianças e a escola tem uma energia muito positiva.
O pessoal da escola é muito profissional e se dedicam de corpo e alma às crianças.
A escola abriga um museu sobre o universo Guarany, e tem até duas Rabecas do Chaco Argentino em seu acervo
As nossas Rabecas estão prontas e ficaram para serem utilizadas na escola.
O próximo passo no ano que vem é ir até a comunidade de Andréa e fazer Rabecas com os artesãos de lá, quem sabe eles não voltam a tocar novamente, pois a Rabeca sempre fez parte da cultura Ava Guarany, até a morte do papai de Andréa, o último Rabequeiro.
Maria Soledad e Andréa
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